Há algum tempo recomeçaram as aulas nas escolas.
Nada de novo, tudo como sempre foi, ou até piorado.
Professores repetindo a mesmice como se fosse verdade.
Matérias antigas e desbotadas pela passagem do tempo.
Objetivos e metas vazios da essência do verdadeiro saber.
Livros e apostilas que são cópias uns dos outros.
Nada de novo, tudo velho e mofado apenas envernizado.
Jovens sem brilho no olhar, perdidos em um cenário tão triste.
Os pedagogos e dirigentes mais sem rumo que os pobres alunos.
Mas não pensam em nada de novo, não querem nada mudar.
Tudo é tão ridículo e previsível que chega a ser doentio.
O ano vai se arrastar com as provas e trabalhos idiotas.
Nada vai ser acrescentado às lindas mentes tão novas dos jovens.
Tudo vai ser antigo, velho e carcomido corroído pela mesmice.
Os jovens se tornarão adultos cheios de falsas e funestas verdades.
Serão os mesmos cidadãos e chefes e empresários e juízes e delegados.
Chegarão aos altos postos dos governos como deputados e senadores.
Serão governadores e prefeitos e síndicos de prédios ou algo assim.
Muitos irão ostentar os títulos acadêmicos das universidades.
Outros trarão as medalhas de mérito no peito estufado e oco.
A maioria continuará a manter a sociedade no estado letárgico de sempre.
Quantos serão os que farão as mudanças de que precisamos há séculos.
Quais serão felizes com o que se tornaram ou com o que possuem.
Quantos desses alunos serão os novos agentes da mudança tão sonhada.
As respostas estão no vento que passeia pelos campos e colinas floridas.
Estão na chuva que viceja as matas, florestas, hortas e jardins.
Elas se encontram no brilho das estrelas e no bocejar dos animais.
Não passam pela escola alienante e terrorista cheia de preconceitos.
As respostas estão dobradas como bandeiras no íntimo de nossas almas.
Não será nas salas de aulas impregnadas de sempre-do-mesmo-jeito.
Nem acontecerão nas bancas de doutorado das universidades antiquadas.
As novas verdades estão na simples observação da radiante Natureza.
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